quinta-feira, 12 de abril de 2012

Introdução a Logistica


Como tudo Começou!!!!

Com a evolução da humanidade, com suas necessidades e/ou desejos a serem satisfeitos, surgem um desafio às empresas: disponibilizar seus produtos, ao menor custo possível, no momento e no local adequado de forma que seus clientes possam consumir seus produtos satisfazendo, assim, suas necessidades e/ou desejos.
Atualmente, com a economia cada vez mais globalizada e altamente competitiva, as empresas têm enfrentado descontinuidades e expectativas muitas vezes conflitantes (fornecedores, clientes, acionistas) que exigem uma gestão organizacional muito mais eficiente e eficaz do que no passado. Trata-se de gerenciar essas mudanças organizacionais de forma que as empresas estejam preparadas para enfrentar tais descontinuidades e expectativas de forma rápida, flexível e que proporcione ganhos a todos os envolvidos.


EVOLUÇÃO DA LOGÍSTICA

Embora a logística sempre tenha existido, sua evolução aconteceu de forma lenta até os anos 40, pois a necessidade da movimentação de produtos, pela própria dispersão geográfica das populações, suas necessidades e pela variedade de produtos, era pequena ou quase inexistente. Na seqüência, se apresenta uma abordagem da evolução histórica da logística e como as funções administrativas foram se integrando em virtude da necessidade de melhor sincronismo para suprir às necessidades dos mercados, e das mudanças na cultura das organizações.

EVOLUÇÃO NUMA PERSPECTIVA HISTORICA

Ao longo do tempo, acompanhando a evolução das organizações, das tecnologias disponíveis e das necessidades do mercado, a logística mudou de ênfase, Desconsiderou-se, propositadamente, o período anterior ao século XX, uma vez que até então a logística era desenvolvida de forma totalmente pratica, sem outra preocupação que não fossem as questões relativas ao transporte e a logística de suprimentos nos exércitos.
Ao longo da história a logística recebeu denominações diversas: distribuição, engenharia de distribuição, logística empresarial, logística de marketing, logística de distribuição, administração logística de materiais, administração de materiais, logística, sistema de resposta rápida, administração da cadeia de abastecimento, logística industrial. Embora denominações diferentes, as mesmas referiam-se sempre à mesma coisa: a gestão do fluxo de bens de um ponto de origem a um ponto de consumo.
Já no início do século XXI, com as profundas mudanças e a disputa por mercados que começam a se tornar uma necessidade das Nações, se pode perceber mais claramente a preocupação com as questões do espaço (onde alocar produtos) e temporais (quando disponibilizá-los) que são dois dos objetivos centrais da logística. 
a) Período até os anos 40 – teve seu início situado na virada para o século XX, sendo a economia agrária sua principal influência teórica. A principal preocupação era com as questões de transporte para o escoamento da produção agrícola, uma vez que a demanda existente, na maioria dos casos, superava a capacidade produtiva das empresas.

b) Período dos anos 40 até os anos 60 – em função das duas grandes guerras, surge o termo “logístico” que teve suas raízes na movimentação e no suprimento das tropas durante as guerras. Aqui a ênfase era no fluxo de materiais, e em especial nas questões de armazenamento e transporte, tratadas separadamente no contexto da distribuição de bens.

c) Período dos anos 60 até os anos 70 – começa uma visão integrada nas questões logísticas, explorando-se aspectos como custo total e uma visão sistêmica do processo produtivo. O foco deixa de recair na distribuição física para abranger um leque mais amplo de funções, sob a influência da economia industrial.

d) Período dos anos 70 até anos 80 – corresponde ao “foco no cliente”, com ênfase na produtividade e nos custos de estoques. Surgem modelos matemáticos sofisticados para tratar a questão estocástica, novas abordagens para a questão dos custos não só dos processos logísticos, mas ainda, da questão contábil.

e) Período dos anos 80 até anos 90 – retoma-se, com maior ênfase, a visão da logística integrada e inicia-se a visão da administração da cadeia de suprimentos – SCM, cujo pano de fundo é a globalização e o avanço da tecnologia da informação.

f) Período dos anos 90 até os dias atuais – apresenta um enfoque mais estratégico, em que a logística passa a ser vista como um elemento diferenciador para as organizações. Surge o conceito de Supply Chain Management, com a utilização das ferramentas disponibilizadas pela tecnologia da informação.

Fica claro que este período atual exige muito mais agilidade e flexibilidade por parte das empresas para que possam suprir adequadamente seus mercados, pois neste início do século XXI, as empresas são cada vez mais pressionadas pela necessidade da redução de custos aliada às mudanças nos desejos, necessidades e/ou expectativas dos clientes.
Esta exigência de rapidez e flexibilidade leva as empresas a buscarem a integração de seus canais de suprimentos de forma que possam atender adequadamente aos mercados em que atuam. Porém, para integrar canais de suprimentos, externamente, é necessária uma integração interna das diversas funções administrativas envolvidas pela logística.


SUPRIMENTOS

Funções separadas, em que a área de suprimentos (chamada de administração ou gestão de materiais) atua de forma separada da área de Planejamento e Controle da Produção e da área de Distribuição (vista apenas como responsável pelo transporte e armazenamento de produtos acabados).

PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO 
SUPRIMENTOS
Aquisição
DISTRIBUIÇÃO


Integração de Suprimentos e Distribuição, em que se começa a visualizar o papel da Distribuição como sendo mais amplo. Percebendo-se uma interface maior entre a Logística e o Marketing e, consequentemente, estendendo-se mais o conceito de Distribuição de forma a abranger os Canais de Marketing,


Integração de Suprimentos e Distribuição e Planejamento e Controle da Produção, sem integrar Planejamento e Controle da Produção com a Distribuição, conforme se visualiza na figura abaixo Trata-se do estágio em que se busca resolver problemas durante o processo produtivo, garantindo-se prazos de entregas e qualidade dos materiais que entram no processo de produção.

SUPRIMENTOS
Aquisição
DISTRIBUIÇÃO
PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO


Integração das três funções (Suprimentos, Distribuição e Planejamento e Controle da Produção. Nesse estágio, apresentado na figura abaixo surge o conceito de Logística Integrada, em que se busca uma visão mais abrangente da gestão logística e que a preocupação com o cliente final passa a ser muito mais abrangente e o nível de serviço assume papel de destaque com o conceito de produto ampliado.



SUPRIMENTOS
Aquisição


PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
DISTRIBUIÇÃO


Evolutiva – integração das três funções: visão da logística integrada

Integração total da organização com a visão da logística como fator de diferenciação, existindo a preocupação com a integração do ambiente interno com o ambiente externo para otimizar processos e possibilitar maior agregação de valor ao longo de toda a cadeia produtiva. Este estágio pode ser visualizado na figura abaixo.


LOGÍSTICA
SUPRIMENTOS
Aquisição
PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
AMBIENTE EXTERNO


DISTRIBUIÇÃO
AMBIENTE INTERNO
Fornecedor / Parceiro
Cliente, Consumidor.


A Logística como fator diferenciador


Nesse processo evolutivo se percebe que até a metade da década de 80 as avaliações tradicionais estavam em profundos conflitos, pois o Marketing era avaliado em relação a sua participação no mercado, Engenharia e Pesquisa & Desenvolvimento eram avaliados pelo número de novos produtos lançados, a área de Distribuição avaliada pelo custo de transporte e armazenagem, a Administração de Pedidos sobre o índice de atendimentos, Vendas avaliadas pelo crescimento, Compras avaliadas pelo menor preço unitário, Finanças avaliadas pelo número de itens em estoques e a Manufatura avaliada pelos custos unitários de produção. Não existia uma lógica integradora nesse processo. Foi exatamente o surgimento do conceito de Supply Chain que veio trazer essa visão integradora ao processo logístico, em função de uma ótica centrada no atendimento ao cliente com eficiência e eficácia, aos menores custos possíveis, agregando valor aos produtos.

Tal processo pode ser explicado pelas profundas transformações ocorridas tanto no

meio ambiente interno, quanto no meio ambiente externo das organizações

(entenda-se mercado), pois o papel e a necessidade da logística determina-se pelas.

Transformações ambientais, que exigem ou provocam mudanças nos paradigmas.

Organizacionais para poder fazer frente às novas exigências do meio em que as

organizações se situam. Pode-se perceber a grande necessidade da logística



A NECESSIDADE DA LOGISTICA / SUPPLY CHAIN MANAGEMENT


A logística, a partir da abordagem do Supply Chain Management, é importante ferramenta para suportar as vantagens mercadológicas (Marketing) decorrentes da agilidade e flexibilidade demandadas pelas pressões ambientais, daí a necessidade de conhecer-lhe os conceitos básicos.

Conceitos de Logística Supply Chain Management
Suprimento Cadeia Administração
Fornecimento Corrente Direção
Para compreender melhor porque SCM é mais que logística e compreende a logística, é necessário Conhecer alguns conceitos de logística, uma vez que, embora a logística tenha sido utilizada desde os primórdios da civilização, o seu conceito é moderno e não é específico para as atividades públicas ou privadas, mas aplicável a qualquer atividade que utilize seus conceitos básicos.
Conceitos básicos
“A Logística empresarial trata de todas atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável”. (BALLOU, 1995)

“A Logística é o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acabados (e os fluxos de informações correlatas) através da organização e seus canais de marketing, de modo a poder maximizar as lucratividades presente e futura através do atendimento dos pedidos a baixo custo”. (CHRISTOPHER, 1997).

BREVE CONCEITO DE DEMENDA

Introdução


Previsão da Demanda é a tentativa de prever qual a quantidade de um determinado produto que os clientes deverão comprar em determinado período. Esse exercício é vital para todo planejamento empresarial, principalmente para o gerenciamento e manutenção de estoques.
Existem vários tipos de demanda variando de acordo com a natureza do produto. As técnicas aqui apresentadas tem por objetivo apresentar as formas de cálculo de previsão da demanda não preocupando-se em definir qual técnica é melhor ou pior pois isso irá variar caso a caso e deverá ser definido pelo Administrador que estiver prevendo a demanda do seu(s) produto(s).


Tipos de Demanda
Demanda Permanente



Nesse caso, o volume de consumo permanece constante, sem grandes variações no decorrer do tempo e não sofre influências conjunturais, ambientais e mercadológicas, mantendo-se um valor médio no decorrer do tempo. Como exemplo, podemos citar o creme dental Colgate, que manteve-se no mercado por muito tempo e mesmo com as inúmeras variações cambiais e outros fatores externos, sua demanda continuou estável.


Demanda de Produção



Toda organização industrial propõe-se a executar duas coisas: a primeira é produzir seu produto; a outra é comercializar o que produz. O sistema de produção requer a obtenção e utilização dos recursos produtivos, que incluem: mão-de-obra, materiais, edifícios, equipamentos e capital. A comercialização exige a interação a outras atividades, tais como: pesquisa de mercado, promoção, vendas, distribuição e pós-vendas.
Entretanto, tudo o que está envolvido na produção e na comercialização requer a utilização de recursos financeiros. Assim, a empresa deve financiar as fases de produção e comercialização, e isso resulta em uma terceira coisa que toda organização deve fazer: a adequação e gestão das necessidades financeiras.


PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUÇÃO (PCP)

O planejamento da produção é um conjunto de ações inter-relacionadas que objetiva direcionar o processo produtivo da empresa e coordená-lo com os objetivos do cliente; com essa afirmação podemos dizer que o planejamento está envolto por duas etapas importantes dentro do processo que são : a programação e o controle da produção. O PCP é um sistema de transformações e informes entre marketing, engenharia, fabricação e materiais, no qual são manuseadas as informações a respeito de vendas, linhas de produto, capacidade produtiva, potencial humano, estoques existentes e previsões para atender às necessidades de vendas. Sua tarefa é transformar todos os planos em ordens viáveis de fabricação.
O Planejamento da produção é o principal elemento de coordenação das atividades de vários departamentos de uma indústria. Essa coordenação é particularmente importante entre os departamentos de vendas, produção e compras. Um planejamento feito sem os devidos cuidados impossibilita a adequada coordenação das atividades afins.
A programação é a fase intermediária entre o setor de planejamento e o setor de controle, sendo, portanto, o setor que de acordo com a demanda do mercado, transforma os planos sob a forma de projeto do produto, roteiro de manufatura, lista de materiais etc, em uma agenda de operações que será base de emissão de ordens de fabricação. Essas funções colocam o Planejamento em uma atuação dinâmica e de controle, para que a emissão das ordens de fabricação atenda às necessidades de mercado e tenha uma posição em relação aos outros órgãos da empresa, de dependência e autoridade, possibilitando assim atingir os objetivos globais da organização.
Planejar a produção ou estabelecer uma agenda de produção é tarefa que requer a consideração de uma multiplicidade de fatores que influem na decisão sobre o que, quanto e quando produzir. Supondo que estejam disponíveis todas as informações no Planejamento , para elaborar a programação da produção necessitaremos considerar os seguintes fatores:

Fatores Externos
. Demanda de mercado;
. Datas de entrega estabelecidas;
. Estoque em poder de intermediários;
. Tempo necessário para obtenção de matéria-prima.



Fatores Internos
. Estoque de produtos acabados;
. Equipamento disponível;
. Pessoal disponível;
. Materiais e ferramentas disponíveis;
. Lotes econômicos de produção;
. Regime de trabalho;
. Tempo necessário para a execução das operações;
. Possibilidade de rejeições.